Procedimentos e conseqüências do Tráfico
Quais os problemas para fauna?
Para o ecossistema
Quando se retira um animal da natureza, é como se quebrássemos
ou, ao menos, enfraquecêssemos o elo de uma corrente. Lógico
que somente um animal não faria falta mas, não apenas
um e sim, centenas, milhares de animais são retirados por
ano de nossas matas. Para se ter uma idéia, um caminhão
rotineiramente utilizado no tráfico de animais transporta
cerca de 1.000 espécimes (alguns chegam a transportar 3.000
animais). Basta, então, se perguntar: quantos caminhões
estão rodando pelo país e quantos destes poderiam
estar transportando animais silvestres em meio a sua carga?
A população humana cresceu muito, em 2003 já
somos mais de 6 bilhões de habitantes e, no Brasil, mais
de 160 milhões que exercem uma imensa pressão sobre
os habitats naturais e, também, diretamente sobre a fauna.
Calcula-se que o tráfico de animais silvestres retire,
anualmente, cerca de 12 milhões de animais de nossas matas;
outras estatísticas estimam que o número real esteja
em torno de 38 milhões. Todas estas estimativas, embora
pareçam alarmismo e exagero, tomam outra dimensão
quando consideramos o seguinte:
1. Quantas pessoas você conhece que possui ou já
possuiu um animal silvestre (o papagaio da vovó, o pássaro
preto do vizinho, o canário do amigo, o coleirinho na gaiola
da venda etc);
2. As estimativas se baseiam, basicamente, no que é apreendido o que, infelizmente é ínfimo frente ao traficado;
3. Devido as condições em que são capturados e transportados, a taxa de mortalidade é altíssima;
4. Finalmente quanto maior for a população, caso não mudemos nossos conceitos maior será a pressão sobre os animais.
Ressalta-se que não somente o indivíduo capturado fará falta ao ambiente mas, também, os descendentes que ele deixará de ter. Assim, pode-se perceber o tamanho do impacto que a retirada de animais causa ao meio ambiente. Outro detalhe, muitas vezes esquecido, é que o impacto não se restringe à extinção da espécie capturada. Na natureza as espécies estão interligadas no que chamamos de teia alimentar, ou seja, os animais comem e são comidos por outros animais além de, também, se alimentarem de plantas, realizarem a polinização das mesmas e, muitas vezes, dispersarem suas sementes.
2. As estimativas se baseiam, basicamente, no que é apreendido o que, infelizmente é ínfimo frente ao traficado;
3. Devido as condições em que são capturados e transportados, a taxa de mortalidade é altíssima;
4. Finalmente quanto maior for a população, caso não mudemos nossos conceitos maior será a pressão sobre os animais.
Ressalta-se que não somente o indivíduo capturado fará falta ao ambiente mas, também, os descendentes que ele deixará de ter. Assim, pode-se perceber o tamanho do impacto que a retirada de animais causa ao meio ambiente. Outro detalhe, muitas vezes esquecido, é que o impacto não se restringe à extinção da espécie capturada. Na natureza as espécies estão interligadas no que chamamos de teia alimentar, ou seja, os animais comem e são comidos por outros animais além de, também, se alimentarem de plantas, realizarem a polinização das mesmas e, muitas vezes, dispersarem suas sementes.
Se eu retiro do ambiente uma espécie que dispersa a semente
de determinada árvore pode ser que esta árvore não
mais conseguirá se reproduzir e, se suas folhas servem
de alimento para determinado tipo de inseto, dentro de alguns
anos este também poderá se extinguir. Este inseto
podia ser o principal alimento de determinado pássaro que
agora também será afetado pela retirada daquela
primeira espécie que não possuía uma relação
direta com ele. Estas são as implicações
do tráfico na teia ecológica e muitas vezes pode
afetar espécies que, a princípio se imaginaria não
ter nenhuma relação com a espécie traficada.
Considere este "pitoresco" e trágico exemplo
de como as espécies podem ser afetadas pelas formas mais
improváveis: A Organização Mundial de Saúde
(OMS) instituiu um programa de pulverização com
DDT (um potente e hoje proibido inseticida) a fim de se eliminar
mosquitos na ilha de Bornéu. Entretanto, a pulverização
também destruiu as vespas que se alimentavam de lagartas
que comiam a armação dos tetos das casas. Como as
lagartas não foram eliminadas, agora sem predadores, os
tetos das choupanas começaram a desabar resultado de um
programa aparentemente benéfico de eliminação
de mosquitos. Neste ínterim se iniciou um segundo programa
de eliminação das moscas caseiras. Até então,
as moscas eram controladas por lagartixas que habitavam as residências.
Com o envenenamento das moscas pelo DDT as lagartixas que as comiam
também eram envenenadas. Intoxicadas, as lagartixas caíam
dos tetos e eram comidas pelos gatos domésticos que, também,
começaram a morrer. Como conseqüência direta
da morte dos gatos ocorreu uma superpopulação de
ratos que, até então, eram controlados pelos mesmos.
Os ratos passaram a invadir as casas, consumir alimentos e a transmitir
doenças aos humanos. Finalmente, buscando restaurar o equilíbrio,
instituiu-se um programa de atirar gatos (de pára-quedas)
nos remotos vilarejos de Bornéu. Observe como as conseqüências
de determinada ação pode se estender além
da espécie alvo.
Para o animal
Seu cachorro não pode ser solto. Não existe mais
lugar para o Canis familiaris (espécie do cão)
no mundo natural. Mas os animais do tráfico ainda possuem
populações que vivem em liberdade e, ainda possuem
ambientes nos quais podem viver. Para que sujeitá-los a
uma vida em cativeiro?
Qualquer pessoa que possua um cão sabe da alegria que o mesmo expressa ao saber que vai sair para passear. Um animal com milhares de anos de domesticação ainda se sente mais contente livre que dentro de um apartamento ou em uma casa. E um pássaro? Que embora possa voar, será condenado a passar toda sua vida em uma gaiola? Papagaios acorrentados e araras com as asas cortadas, será esta a melhor vida para eles?
Qualquer pessoa que possua um cão sabe da alegria que o mesmo expressa ao saber que vai sair para passear. Um animal com milhares de anos de domesticação ainda se sente mais contente livre que dentro de um apartamento ou em uma casa. E um pássaro? Que embora possa voar, será condenado a passar toda sua vida em uma gaiola? Papagaios acorrentados e araras com as asas cortadas, será esta a melhor vida para eles?
Entretanto, o cativeiro não é a única tortura
a que são submetidos os animais do tráfico, é
simplesmente a última e perpétua pena. Durante a
captura os mesmos são feridos, mutilados, além e
transportados sem espaço, água ou comida o que culmina
na morte de muitos durante o caminho.
A sua simples captura também pode resultar em muito sofrimento. O alçapão armado, a captura, o animal de debate, se joga contra as grades da gaiola, em vão. Ele não mais escapará, não mais será livre. Doravante, a prisão... a gaiola será sua moradia. O vôo será trocado por monótonos pulos de um poleiro a outro, dia a dia - toda a vida. Entretanto, não somente o animal capturado sofrerá; seu filhote continuará no ninho, piando... chamando... esperando, pelo pai, pela mãe, pelo alimento que não mais virá.
A sua simples captura também pode resultar em muito sofrimento. O alçapão armado, a captura, o animal de debate, se joga contra as grades da gaiola, em vão. Ele não mais escapará, não mais será livre. Doravante, a prisão... a gaiola será sua moradia. O vôo será trocado por monótonos pulos de um poleiro a outro, dia a dia - toda a vida. Entretanto, não somente o animal capturado sofrerá; seu filhote continuará no ninho, piando... chamando... esperando, pelo pai, pela mãe, pelo alimento que não mais virá.
http://www.ibama.gov.br/fauna/trafico/procedimentos.htm
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